Depois de mais de um ano sem nenhuma postagem por problemas técnicos. Reiniciamos agora com a divulgação da característica de mutualismo chave, própria do palmito juçara.
Agradecemos o apoio de todos e pedimos desculpas pela ausência.
"... Na floresta tropical
existem diversos tipos de palmeiras. Entre centenas de espécies, na amazônia
temos o Açaí e a Pupunha. Na floresta Atlântica o juçara (Euterpe edulis), que
também é conhecido como Juçara, Palmito-branco, Palmito doce ou Jissareira.
O Palmito Juçara já foi abundante em toda Mata
Atlântica, mas devido a intensa exploração esta cada vez mais raro. Encontrado
em maior quantidade somente na região do Vale do Ribeiro no Estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O Juçara é uma
planta importante na floresta, pois serve de alimentos para vários animais, que
põe sua vez, são polinizadores e dispersos de sementes de outras plantas. Por isso
é chamado de "mutualista-chave", ajudando o equilíbrio desse
ecossistema. Além disso, o palmito é uma importante alternativa de exploração
econômica dos recursos da floresta devendo ser protegido e explorado
racionalmente, como no Manejo de Rendimento Sustentado.
A vida do Palmiteiro Juçara na Floresta:- Na
Floresta existem diversos tipos de palmeiras. Por exemplo, na Amazônica temos o
Açai e aqui na Mata Atlântica o Palmiteiro Juçara. O seu nome científico é
EUTERPE edulis e
também é chamado de Jiçara, palmito branco,
palmito-doce ou jissareira. Em todo o lugar o palmiteiro sempre foi muito
explorado, devido ao seu alto valor de mercado. Agora corre o risco de
desparecer da floresta por causa da exploração clandestina e descontrolada.
Além disso, como é clandestino, não paga nenhum imposto. Po isso, para proteger
e exportar racionalmente o Palmiteiro Juçara é preciso conhecê-lo um pouco
melhor. O Palmiteiro Juçara aparece abaixo das plantas da copa, e tem três
fases de crescimento: planta jovem e planta adulta.
Os pássaros e animais se encarregam do trabalho de
semear o palmiteiro no meio da floresta. A semente, para brotar e se tornar
plântula, precisa de sombra e umidade, o que pode demorar de uma semana até
seis meses.
A plântula se torna uma planta jovem, quando
aparece uma boa oportunidade de luz e temperatura; nesta fase o sol direto
ainda prejudica as plantas.
O palmiteiro será uma planta adulta quando começar
a produzir frutos. O tempo desde a germinação até a planta adulta pode variar
de oito a quinze anos. E em média, de 5o sementes que germinam só uma irá
chegar à fase adulta. O Palmiteiro Juçara é o primeiro exemplo de que é
possível utilizar os recursos da floresta e ao mesmo tempo protegê-la. Isso é o
MANEJO DE RENDIMENTO SUSTENTADO.
A utilização de espécie estará garantida, se para
cada árvore que for retirada da floresta existir outra para ocupar o seu lugar.
Isso é possível se existirem no local boa fonte de sementes, animais para
distribuí-las em toda a área e plantas com idades e tamanhos diferentes.
O palmito pode ser extraído do caule de três
espécies de palmeiras - juçara, pupunha e açaí. A primeira é nativa da Mata
Atlântica e as demais são originárias da Amazônia. A diferença entre as
palmeiras é que a espécie juçara nasce de uma semente constituindo um único
tronco, enquanto as demais formam touceiras. Assim, ao se extrair o palmito, a palmeira
juçara é sacrificada, enquanto a pupunha e o açaí possuem “filhotes” que brotam
do tronco principal. Outra diferença é que a juçara demora de 8 a 12 anos para
produzir um palmito de qualidade, enquanto o da pupunha pode ser extraído após
18 meses do plantio. É por este motivo que a juçara encontra-se em risco de
extinção. A preservação da palmeira juçara está diretamente ligada à manutenção
da biodiversidade da Mata Atlântica. Sua semente e seu fruto servem de alimento
para diversos animais, como tucanos, sabiás, gambás, tatus, esquilos e outros... "
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